terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Marginalidade

Tal como todos os dias no caminho para casa, estive a falar de metal com aqueles que tal como eu o apreciam e o assunto acabou por se tornar na discriminação que ainda existem em Portugal para com os metalheads.
Sim, é verdade que o metal ainda não é tão comum como o pop ou o fado, mas também não nos podemos esquecer que está muito mais implementado do que estava no tempo dos nossos pais.
Naquela altura, ouvir metal era ser marginalizado pela sociedade, era sinal que aquele adolescente não seguiu por bons caminhos e que inevitavelmente acabaria por se tornar em algum criminoso violento ou assassino.
Infelizmente, o que muitas pessoas não sabem é que é precisamente o contrário, o metal é uma maneira de libertarmos a nossa raiva e as nossas frustrações em alguma coisa que não as outras pessoas, fazendo assim com que nos sintamos melhor sem agredir os outros.
Além disso, grande parte da comunidade de metalheads são pessoas extremamente inteligentes, sensíveis, formadas e bem sucedidas na vida mas que sentem que precisam de algo mais e é aí que o metal entra.
No entanto, nada se compara a outras culturas, nomeadamente na Índia, em Israel e na China onde as ideias conservadoras tentam abafar os fãs deste estilo de música.
Concluindo, somos marginalizados e tratados de maneira diferente mas aquilo que realmente amamos, faz de nós uma família gigantesca espalhada pelo mundo.


A não perder o filme Global Metal realizado por um verdadeiro metalhead, onde se demonstra exactamente a expansão mundial do metal.
http://www.globalmetalfilm.com/03/GM_03.html

2 comentários:

Hatecraft disse...

Tenho ainda sorte por neste país não me espancarem e cortarem o cabelo só por o ter comprido. Há ainda muitos passos a dar.

Mas para fundamentar o que disseste, posso confirmar que já tive contacto com imensa gente formada (e, para contarem aos típicos pais portugueses que se preocupam com títulos: imensos médicos) que são fãs de Therion.

\mm/ <- (too much satan!)

Catarina Moura disse...

Como tu disses-te associam inúmeras vezes o Hip Hop e o metal à marginalidade, sem sequer saberem as origens, objectivos, etc...
Por exemplo, o Hip Hop nasceu com o objectivo de tentar combater a criminalidade nos bairros sociais, reduzindo-o a uma troca de palavras. Mas infelizmente muitas pessoas não entendem isso, e o que não entendem associam à marginalidade.
Agradeço desde já o interesse que tens mostrado pelo nosso trabalho, e assim continuaremos a tentar divulgar que o que as pessoas não conhecem, não é crime..!