sábado, 26 de junho de 2010

TMS

O That Metal Show (TMS) é um programa americano com duração de meia hora que surgiu em 2008.
Dedicado a abordar todo o tipo de assuntos relacionados com o hard rock e o heavy metal tanto no passado como actualmente, demonstra que os metalheads não só podem como são, extremamente cultos.
Comandado por três apresentadores, dois dos quais comediantes, o programa tem tido grande sucesso entre a comunidade de metaleiros nos Estados Unidos (e provavelmente no resto do mundo),provando mais uma vez, que não são só os outros estilos de música que merecem atenção e a dedicação de um canal televisivo.
Assim sendo, é possível acompanhar todos os episódios no vh1 classic semanalmente mesmo não tendo acesso ao canal, uma vez que todos os episódios se encontram online.
Portanto, aconselho vivamente a quem adora saber tudo sobre as bandas e a quem quer passar uma boa meia hora na risota a ver pelo menos um episódio antes de decidir se vale a pena ou não.


PS: Com a mania que nós temos de "importar" todo o tipo de programas estrangeiros, pode ser que este venha a ser mais um e que eu possa vir a fazer parte dele.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Slash no Coliseu do Porto

Mal tenho palavras para descrever tudo o que aconteceu nesta noite mas prometo tentar aproximar-me com o maior rigor possível da realidade.
Coliseu, duas horas e meia da tarde e já se encontravam à volta de trinta pessoas sentadas nas escadas a aguardar, uns mais ansiosos que outros, para assistir àquele que muitos consideram como um dos maiores guitarristas do mundo.
Os fãs vinham de diferentes pontos do país e abrangiam praticamente todo o tipo de estilos e idades, esforçando-se ao máximo para aguentar da melhor maneira as muitas horas que ainda tinham pela frente até ao grande concerto.
Por volta das oito e meia abriram finalmente as portas e a verdade é que a antecipação era palpável no ar e que praticamente todos já estávamos com o nervoso miudinho por finalmente concretizarmos um dos maiores sonhos da nossa vida.
Cerca de duas horas depois, é finalmente possível vislumbrar a silhueta de alguém com uma cartola na cabeça; é o Slash! afirmam com convicção e todos gritam de êxtase à sua entrada em palco.  
O resto da noite foi  inesgotável, muitos saltos na plateia, muitos sorrisos por parte de M. Kennedy (vocalista convidado), muitos mais elogios de ambas as partes e a satisfação de uns e de outros.
Além da diversão geral, foi possível ainda reviver muita da discografia do guitarrista, desde músicas dos álbuns dos Guns n' Roses, até ao mais recente álbum a solo, não deixando nunca para trás o Snakepit e a época dos Velvet Revolver,  bem como ouvir solos e interpretações de grandes músicas, tais como o solo do Godfather Theme, Voodoo Child de Jimi Hendrix e Communication Breakdown dos Led Zeppelin mas sem dúvida que o ponto alto da noite foi a Sweet Child of Mine.
Mas a verdade é que embora o concerto tenha feito as maravilhas de todos os que puderam estar presentes, não foi totalmente bem concedido uma vez que o som do microfone estava muito abaixo do que devia e portanto todos tivemos dificuldade em ouvir a voz fantástica de Kennedy.
Concluindo, à parte de alguns erros técnicos, é seguro afirmar que Saul Hudson vai deixar saudades na cidade invicta e que todos esperam poder repetir a noite memorável de dia 22 de Junho.



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Old vs. New Metal

Como é do conhecimento geral, algumas bandas mais recentes (por recentes entenda-se formadas a partir dos anos 90) são consideradas bandas de new metal (ou nu metal), termo esse muitas vezes utilizado de modo pejorativo.
No entanto, o verdadeiro significado desta designação é atribuído a bandas que foram largamente influenciadas não só pelos avós do heavy metal, digamos assim, mas também por outros géneros musicais como o raggae, o rap, o funk, etc e que combinaram todos estes estilos num só.
Quem poderá ser um dos principais impulsionadores deste género de metal é Ozzy Osbourne, uma vez que convidou inúmeras bandas recém formadas para participarem no Ozzfest, um festival criado por si e pela sua mulher que incorpora tanto bandas de renome mundial como algumas menos reconhecidas, criando assim notabilidade a bandas como System of a Down, Slipknot e Limp Bizkit, entre outras.
Embora estas sejam as bandas mais recentes e muito apreciadas, existem inúmeros fãs que afirmam que estes não passam de posers e que o verdadeiro metal foi feito nas décadas de 70 e 80, acusando-os assim de não serem verdadeiros metaleiros e de terem perdido a autenticidade atribuída ao som do metal.
Analisando os prós e os contras a verdade é que o new metal veio abrir as portas para uma maior globalização da música, veio contribuir também para a ruptura de muitos mitos que existiam em relação ao metal e já para não falar que contribuiu para uma maior abrangência de público.
No entanto, este último ponto poderá não ser assim tão favorável se pensarmos que o metal deixou de ser um estilo de vida para apenas aqueles que o compreendem, passam a ser um estilo de vida para todos aqueles dispostos a adoptá-lo.
Ainda por outro lado, é inegável afirmar que os anos 70 e 80 foram  sem dúvida nenhuma anos de ouro,  com o aparecimento de bandas que ainda hoje são não só grandiosas sonoramente, mas  que também conseguem criar um grande espectáculo.
 São músicos que por muitos anos que passem ainda nos causam aquele arrepio na espinha, facto que acho que não acontece tão frequentemente com as bandas mais recentes.
Portanto, no caso de eleger a melhor época do metal,  tudo não passa de uma opção de escolha individual e quanto ao que será melhor musicalmente, que venha o diabo e escolha.

domingo, 6 de junho de 2010

Vícios

Provavelmente um dos lemas mais conhecidos mundialmente é"Sex, Drugs and Rock n' Roll" o que digamos se aplica bastante bem ao metal.
Algures na sua carreira já todas as bandas tiveram a sua cota de vícios, quer sejam drogas, álcool ou sexo com as groupies e praticamente todas elas tiveram que lutar para que os seus actos não acabassem por prejudicar irremediavelmente a sua carreira e mais que isso, a sua paixão.
Se portanto não é estranho que uma pessoa seja viciada neste meio, porque não pode ser um fã viciado em heavy metal? Fã que é fã vive com, para e pelo metal, facto que pelo menos a mim não me causa qualquer estranheza.
No entanto, fiquei bastante intrigada quando li a publicação online de uma notícia onde se afirma que na Suécia um metalhead foi acusado de ser dependente de metal só porque não consegue conter este estilo de vida, o que acaba por prejudicá-lo em tudo o resto.
Posto isto, e após avaliação psicológica, foi acusado de possuir uma doença mental, pelo que lhe foi atribuída uma pensão de invalidez no valor de 400 euros por mês.
Conclusão, não sei se hei-de rir se ficar enfurecida com tamanha estupidez.
Parece-me claramente óbvio que  o governo não racionalizou bem o problema como devia, apenas se limitou a estereotipar a situação uma vez que se trata de um metaleiro.
Malucos sim, mas neste caso, também mais abonados.


PS: Ao que sei o António Freitas é viciado em metal, porquê que o nosso governo não lhe atribui uma pensão de invalidez, também?
Com certeza que ele agradecia os 400 euros extra na conta bancária ao fim do mês.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Metal em Portugal

Tal como no resto do mundo, o metal também chegou a Portugal na década de oitenta mas infelizmente muitos dos pioneiros não foram reconhecidos como tal, acabando pouco depois no esquecimento.
Nesta época, os meios de comunicação não eram muito apologistas da ideia de passar sonoridades pesadas que começavam a surgir lá fora, o que dificultava a vida aos curiosos pois não tinham como contactar com este tipo de música.
Por isso, começaram a ser criadas rádios piratas e fanzines por todos aqueles que se interessavam pela cena metaleira, publicitando as bandas portuguesas e mostrando as novidades mundiais, o que permitiu criar aos poucos e poucos uma legião de metalheads.
Os primeiros grandes impulsionadores surgiram em 1979, os NZZN conjuntamente com os Xeque - Mate,   que vieram introduzir o hard rock/heavy metal ao nosso país.
Apenas dois anos depois formaram-se as bandas Tarantula e  Sepulcro, oriundos do norte e da margem sul, respectivamente.
Seguidamente surgiram muitas mais bandas por todo o país, largamente influenciadas pela NWBHV ( New Wave of British Heavy Metal).
Os STS Paranoid, os Valium, os Ibéria e os Ramp (já na década de 90), são algumas das muitas que podem ser referidas.
Assim, quando pensarem que o metal português se resume aos Moonspell, lembrem-se que embora tenham sido muito importantes na divulgação de Portugal, não foram nem de longe os primeiros a surgir e que é importante saber que por cá, tal como noutros países, também se fez metal muito bom.

 (STS( Satan Take Our Souls) Paranoid)


PS: Os Tarantula já actuaram com bandas de renome mundial. 
Partilharam o palco com os Deep Purple, Manowar, Hamerfall, Motörhead, Helloween entre outros. 
Antes de serem os Tarantula a banda chamava-se Mac Zac.