Imaginem que somos verdadeiros sugadores do conhecimento e que queremos saber cada vez mais sobre determinado assunto porque aquilo até nos dá um certo prazer. Nesta altura restam-nos duas opções: recorrer à internet e pode ser que tenhamos a sorte de encontrar só dados fidedignos ou então os suportes físicos são a melhor opção.
No metal acontece exactamente da mesma forma.
Os apaixonados vão tentar por a mão a tudo quanto seja possível e aí, surge uns dos primeiros obstáculos: a língua.
Infelizmente, muito pouca da informação é literalmente traduzida para português o que causa algum transtorno às pessoas que não têm um inglês fluente, pois no meio da tradução perdem-se sempre pormenores importantes.
A segunda barreira é a escassa informação que cá nos chega.
Os livros e os álbuns só se encontram disponíveis vários meses depois (o que é desesperante para qualquer verdadeiro fã), já para não falar do custo acrescido que tanto estes como as revistas, ficam sujeitos. Isto se de facto o produto estiver disponível aqui em Portugal, o que nem sempre acontece.
Centrando agora a minha ideia neste último ponto; o das revistas, é comum afirmar que poucos são ainda aqueles, os verdadeiros fãs, que gostam e se entusiasmam com a compra de uma revista, de um cd, ente outros, mas digamos que mesmo esses não têm grande opção de escolha.
Entre a Loud, as fanzines mais conhecidas e pouco mais, muito pouca é a imprensa portuguesa que se dedica ao heavy metal, o que digamos que deixa muito a desejar.
No caso de não nos contentarmos com o que é nacional, temos sempre a opção de recorrer às revistas importadas, não fosse o caso de cada uma delas ter um custo mínimo de 5 euros.
Pois é, isso mesmo. Quando nos deliciamos e somos aliciados ao ver as magníficas capas metaleiras, quase que caímos no intuito de comprá-las imediatamente, não fosse o caso de a etiquetazinha branca estar lá bem visível, para nos fazer abrir os olhos.
Ou seja, a nossa liberdade de escolha acaba por não ser assim tão grande. É optar pelo que é nosso (português) ou pagar o custo acrescido do que vem de lá fora.
E é realmente uma pena.
Com tanta coisa boa à vista, como a Metal Hammer, a Revolver, a Metal Maniacs, a Kerrang! , a Metalized, a Monster, a Rock Express, a Heavy Rock, a Metal Edge, a Classic Rock e a Black Velvet, sujeitamo-nos a uma olhadela rápida enquanto esperamos por alguém na fila da Fnac.
Digam lá se não ficamos a salivar por mais?