sábado, 14 de agosto de 2010

Family Tree


Quando penso em heavy metal penso em história, fascínio, vida, morte e não apenas num género musical. É algo que transcende o simples facto de compor uma música e vender milhões de discos, é a vida que muitos escolhem, sejam músicos ou fãs.
Por isso mesmo, vale a pena ir ao fundo da questão e investigar como tudo começou e o porquê de ter começado.
A verdade é que a década de 60 não deve ser ignorada, embora só na seguinte se desse a grande explosão, bandas com os Cream e os Jimi Hendrix Experience, foram os verdadeiros inovadores que mudaram para sempre o rumo da história do rock e que depois vieram a influenciar os Zeppelin, os Sabbath, os Priest e todos aqueles que considerámos os pais ou os avós se preferirem, do heavy metal.
Tratava-se portanto da ainda apelidada era do flower power, onde tudo deveria ser resolvido com amor e com paz (L.S.D.) mas nem tudo era um mar de rosas e senhores como o Hendrix e o Clapton, provaram que estava na altura de mudar as coisas e de se expressarem verdadeiramente, não seguindo as tendências vigentes da época.
Posteriormente, já em 70, a grande mudança surgiu aquando da repressão económica e da crise financeira derivadas da Segunda Guerra Mundial, factores que abalaram a Inglaterra e os Estados Unidos e que de certa forma vieram pôr um ponto final na cena hippie e impulsionar o metal e o punk.
Assim sendo, quando pensamos que este género musical é algo inovador e que em nada se relaciona com o que existiu previamente, estamos a ser no mínimo hipócritas e a ignorar factos históricos.
Afinal de contas, custa assim tanto admitir que sendo  hippies, punks ou metaleiros, o que interessa é que todos tinham algo a dizer?


PS: Comprei recentemente uma biografia do Van Halen que aconselho a todos aqueles que queiram saber mais sobre o master da guitarra;onde poderão ler inúmeras entrevistas em que ele faz referência aos Cream e ao Hendrix como sendo grandes impulsionadores do seu género.