terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Limbo

Hoje apetece-me sair à rua e revoltar-me. Revoltar-me contra os padrões da sociedade, contra o conformismo e a intolerância.
Hoje fui metalhead, tal como ontem, tal como sempre me lembro de ser e fui julgada por isso.
É necessário que por viver num país onde se mete toda a camada adolescente num saco, onde se colocam as palavras discotecas, drogas e música pop, que eu me reja pelas mesmas normas, pelos mesmo ideais, caso contrário sou um ser humano estranho! -.-
Não gosto de discotecas, prefiro bares onde é possível conversar e fazer headbanging se nos apetecer, mas mesmo nesses sou olhada de lado.
Pelos padrões ditos "normais" eu não sou beta, portanto sou de certa forma posta de parte. Quanto aos metalheads acham-se melhores do que eu só porque têm a merda duma t-xirt com o logo duma banda e adoptam a maneira de vestir de um metalhead, quando na maioria das vezes não sabem sequer o que significa usar aquele símbolo, o simbolismo por detrás do desenho.
E é nesta altura que me pergunto: se o metal é alternativo, porque não posso eu ser alternativa dentro dos meus gostos e escolher não adoptar totalmente o estilo, independentemente do resto?
Porque é que eu tenho que ser "ou sim ou sopas", caso contrário corro o risco de ser considerada poser?
Portanto, hoje a minha revolta é contra todas as pessoas que não deixam os outros serem quem são, vestir o que querem vestir, falar do que querem falar e pairar livremente neste precário mundo.

1 comentário:

Hatecraft disse...

Já lá vai o tempo em que o metal era alternativo. Agora já somos obrigados a usar o adjectivo "alternativo" em frente a "metal", senão podemos estar a falar de milhares de coisas diferentes. "Metal", só por si, tornou-se comercial, usado, são trapos.

O que nós podemos fazer é não dizer que somos metalheads/headbangers (é sinónimo), ou betos, ou whatever que nos chamem. Como já te disse, tu és tu, eu sou eu, cada um é um. Agora perguntas-me: "E como é que eu faço as pessoas perceber isso?" Eu respondo-te: "Não fazes, é impossível." E acho que não só em Portugal, em qualquer lado é assim. As pessoas estão destinadas a ser mesquinhas, pobres de espírito e superiores aos outros na sua mente. Olha-os de lado (ou mesmo que não olhes literalmente, fá-lo na tua cabecinha) e eles acabarão por sentir que não és tu que estás mal. Declaro aqui o fim das "labels" sociais.

Vais ver que ainda vais dar aqui óptimos conselhos para metalheads perdidos na vida (;

Stay metal \m/